Rio, de fato.

Desta vez tive tempo de conhecer um pouco mais da verdadeira cidade atrás do cartão-postal. Minha constatação? Ela continua sendo maravilhosa. Fui atrás da essência do dia a dia, o qual sempre acredito que se estabelece mais fortemente no Centro. Perdi a conta dos quilômetros percorridos à pé, indo de uma ponta à outra nas principais avenidas de centro, ora desviadas para desbravar os charmosos becos. Quase morri de tanto comer com o café completo da Colombo, e quase fui atropelado pela multidão da Central do Brasil. O cair da chuva era observado de forma desconfiada pela população - que no início da mesma semana havia presenciado uma das suas maiores tragédias recentes, porém, ali naquela região, as gotas d'água apenas faziam aflorar a interessante desordem organizada (ou simplesmente furdunço) característica dos Centros. Na minha primeira noite, saí do hotel para encontrar algum lugar bacana e, duas quadras depois, 'caí' direto no Scenaruium, que - embora bastante turístico - é um dos mais fantásticos locais que já estive. Nos outros dias, também reservei espaço para apreciar mais uma vez o incrível por-do-sol visto do Arpoador e sentir a brisa do mar pelo calçadão de Ipanema e Copacabana. Para finalizar com chave de ouro, contornar o pão de açúcar nas alturas e ver pela janela do avião o Rio sendo deixado - não para trás, mas para uma próxima.