Muitos meses atrás, esta foi a pergunta. Ao outro lado da linha se pensava ser uma tentativa ridícula de provocar ciúmes, do lado de cá nada mais que um questionamento. Falar que nunca passou pela cabeça, ao menos por alguns minutos, provocar ciúmes seria uma mentira, mas é verdade que eu nunca fiz qualquer gesto concreto com este intuito. No meu raciocínio, não havia sentido eu provocar algo que faria a pessoa que eu gosto ficar brava ou irritada comigo. Porém tentava compreender aquilo tudo como uma maneira de reter uma maior atenção ou algo do gênero.
Dois dias atrás, ouço numa conversa um homem afirmar que vê incoerência em não tratar bem - sempre e para sempre - a pessoa que ama. "É verdade!", pensei. Começo a construir um discurso interno de 'você estava certo', mas logo trato de desconstruí-lo ao ter a certeza (por ter vivido) que nem sempre o comportamento é o reflexo do sentimento. Ou melhor, é sim, porém não do sentimento que você espera. Pela sua grandiosidade, este sentimento é apenas o início da raiz que vai gerando as suas ramificações: alegria, dor, ciúmes, proteção, carinho, etc. Cada pessoa tem sua forma - ou fórmula - de projetá-lo. E então não há nenhum julgamento contra, apenas a vontade de que aquilo não fosse daquele jeito. E aí entra o sonho (de alguma noite recente) em que a voz dela pronuncia a minha fala, a minha pretensão, como se eu brincasse de dirigir o teatro de fantoches: "Eu gostaria de ser aquela que conseguisse mudar isto". Se fosse eu o comandante daquilo tudo, faria com que as duas bocas feitas de linha vermelha se encontrassem após o diálogo? De qualquer forma, não posso me adonar de falas que não existem, ou de personagens do imaginário real.
Dois dias atrás, ouço numa conversa um homem afirmar que vê incoerência em não tratar bem - sempre e para sempre - a pessoa que ama. "É verdade!", pensei. Começo a construir um discurso interno de 'você estava certo', mas logo trato de desconstruí-lo ao ter a certeza (por ter vivido) que nem sempre o comportamento é o reflexo do sentimento. Ou melhor, é sim, porém não do sentimento que você espera. Pela sua grandiosidade, este sentimento é apenas o início da raiz que vai gerando as suas ramificações: alegria, dor, ciúmes, proteção, carinho, etc. Cada pessoa tem sua forma - ou fórmula - de projetá-lo. E então não há nenhum julgamento contra, apenas a vontade de que aquilo não fosse daquele jeito. E aí entra o sonho (de alguma noite recente) em que a voz dela pronuncia a minha fala, a minha pretensão, como se eu brincasse de dirigir o teatro de fantoches: "Eu gostaria de ser aquela que conseguisse mudar isto". Se fosse eu o comandante daquilo tudo, faria com que as duas bocas feitas de linha vermelha se encontrassem após o diálogo? De qualquer forma, não posso me adonar de falas que não existem, ou de personagens do imaginário real.
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