Coisas que passaram pela minha cabeça nos últimos dias:
- ninguém consegue se importar com um desconhecido ao ponto de isto lhe afetar por muito tempo. passo em frente a
mendigos quando estou indo para um restaurante, para a faculdade, para casa. me entristece a cena, fico perplexo por alguns instantes, mas depois volto ao "meu" mundo onde eu não estou na margem de nada. fico até indignado com esta atitude infiltrada em cada um de nós. como já disse para alguns, se fôssemos importar com as coisas ruins deste mundo, simplesmente nos deprimiríamos e não viveríamos mais. o fato de passar por alguém necessitado e minutos após voltar para um mundo não tão difícil é um ato humano de sobrevivência. ao descer na estação avistei um homem deitado no chão com os pés descobertos. inverno. pensei em trazer um par de meia para deixá-lo um pouco menos gelado. cheguei a separar uma meia, mas fiquei com medo de entregá-la, pois não sei qual seria a reação do sujeito. no final, a meia que eu havia escolhido por nunca usar, acabou sendo a última esperança dos meus próprios pés, depois de duas semanas sem ter a roupa lavada. contudo, a vontade continua se mostrando meta todas as vezes que passo no local.
- falando em humano, a palavra como adjetivo hoje em dia é usada num sentido ruim. ser chamado de humano agora soa como ofensa, e obviamente o é. antes xingávamos as pessoas de "animais", hoje me parece mais plausível ofender com a designação "humano". nacionalidade não leva a nada. porque ofendíamos com "animal"? estes quando praticam o mal, buscam sobrevivência. aliás, não estão praticando o mal perante sua moral. o correto é matar sua presa, devorar seu filho, etc. e qual nossa justificativa para sermos mesquinhos, rudes, grosseiro, maus uns com os outros? somos humanos meu caro....
- mesmo com pouca idade, já consigo observar uma parcela acrescentada de amadurecimento nos últimos anos. não que eu não tenha - como todo mundo - atitudes meio questionáveis de vez em quando, mas nunca tentei desmentir a qualidade a mim direcionada de ser maturo pela idade. se bem que elogios acompanhados de "pela idade" as vezes incomodam. poxa, eu sou inteligente e ponto, não inteligente para minha idade! foi um exemplo, claro. mas nossa, mudei totalmente o foco. voltando, estou começando a vivenciar (mas já acreditava) aquilo de que "a maturidade que vem com a idade é tão boa". Posso julgar e refletir melhor atitudes e sentimentos, percebo mais facilmente quando estou sendo um pouco irracional ou emocional demais - não que então eu mude alguma coisa, as vezes só saber está bom.
- ouvir de uma pessoa que te conhece bem a seguinte frase "bem capaz, eu sei que tu não faria algo deste tipo, nem me ocorreu". confiança, caráter. muitas vezes traços da minha personalidade não são totalmente expressos por mim, muitas outras eu não consigo transformar em palavras características e pensamentos meus, mas tem certas coisas que não precisam ser transmitidas, ou melhor, não se precisa fazer nada para que isso ocorra, é automático. caráter e essas coisas que todos deveriam ter. bom saber que se eu não consigo passar aos outros todos os dados relevantes do meu perfil, ao menos meus valores eu não deixo dúvida de existirem.
- entre 18 e 21 anos, as pessoas ficam no limbo entre adolescentes e adultos. o que seriam estas pessoas? estão em treinamento contínuo para se tornarem adultos em designação e atitude? bem, o que rola nas páginas de comportamentos é que 28 é o novo 18, e que todo mundo é meio adolescente e não quer abandonar as regalias oferecidas pelos pais.
- ninguém consegue se importar com um desconhecido ao ponto de isto lhe afetar por muito tempo. passo em frente a

- falando em humano, a palavra como adjetivo hoje em dia é usada num sentido ruim. ser chamado de humano agora soa como ofensa, e obviamente o é. antes xingávamos as pessoas de "animais", hoje me parece mais plausível ofender com a designação "humano". nacionalidade não leva a nada. porque ofendíamos com "animal"? estes quando praticam o mal, buscam sobrevivência. aliás, não estão praticando o mal perante sua moral. o correto é matar sua presa, devorar seu filho, etc. e qual nossa justificativa para sermos mesquinhos, rudes, grosseiro, maus uns com os outros? somos humanos meu caro....
- mesmo com pouca idade, já consigo observar uma parcela acrescentada de amadurecimento nos últimos anos. não que eu não tenha - como todo mundo - atitudes meio questionáveis de vez em quando, mas nunca tentei desmentir a qualidade a mim direcionada de ser maturo pela idade. se bem que elogios acompanhados de "pela idade" as vezes incomodam. poxa, eu sou inteligente e ponto, não inteligente para minha idade! foi um exemplo, claro. mas nossa, mudei totalmente o foco. voltando, estou começando a vivenciar (mas já acreditava) aquilo de que "a maturidade que vem com a idade é tão boa". Posso julgar e refletir melhor atitudes e sentimentos, percebo mais facilmente quando estou sendo um pouco irracional ou emocional demais - não que então eu mude alguma coisa, as vezes só saber está bom.
- ouvir de uma pessoa que te conhece bem a seguinte frase "bem capaz, eu sei que tu não faria algo deste tipo, nem me ocorreu". confiança, caráter. muitas vezes traços da minha personalidade não são totalmente expressos por mim, muitas outras eu não consigo transformar em palavras características e pensamentos meus, mas tem certas coisas que não precisam ser transmitidas, ou melhor, não se precisa fazer nada para que isso ocorra, é automático. caráter e essas coisas que todos deveriam ter. bom saber que se eu não consigo passar aos outros todos os dados relevantes do meu perfil, ao menos meus valores eu não deixo dúvida de existirem.
- entre 18 e 21 anos, as pessoas ficam no limbo entre adolescentes e adultos. o que seriam estas pessoas? estão em treinamento contínuo para se tornarem adultos em designação e atitude? bem, o que rola nas páginas de comportamentos é que 28 é o novo 18, e que todo mundo é meio adolescente e não quer abandonar as regalias oferecidas pelos pais.
2 comments:
caramba... tem muita informação nesse texto. hahah
mas assim.. acho que cada dia mais a gente tem procurado o auto-egoísmo, logo deixando o repartir, talves chamado de amor, de lado.
nessa maturidade toda aí acho que inteligente não é só aquele que pensa, mas aquele que tbm faz o bem! pensar no próximo hj em dia pode ser burrice, mas só quem faz sabe o quanto se satisfaz.
os de 28 realmente parecem não querer sair dos 18, parecem que se esqueceram de olhar no epelho da vida.
muito bom o texto! apesar de pensar como vc em algumas coisas me sinto tola por não pagar um sanduiche pra um mendigo tbm. (exemplo)
Como dito pela leitora acima, sao bastante (boas) informacoes no texto. Dentre, chamou-me atencao dois topicos: os outros e a idade.
Quanto ao primeiro, aconselho-te a sair do zero a zero. Ganhas um ponto pelas alegrias e tristezas sentidos por outro humano, ainda que desconhecido. Mas volta a estaca inicial por deixar que o medo - creio que a palavra mais odiada pelos marginalizados - o impeca de agir instintivamente. Vale avaliar se, decorridos dois meses desde o post, a iniciativa ja saiu da lista de ambicoes...
Sobre o tempo, temos a tola mania de fazer analises e julgamentos com base no periodo transcorrido.
"Quantos anos tens? Namorou por quanto tempo? Quantos anos de experiencia profissional?" Somos os proprios culpados, pois usualmente fazemos uso das indagacoes. Compartilho o teu medo quanto ao "pela idade". Talvez, caso nao progrida e continue com a mesmice do teu ser, daqui ha 50 anos possa ser considerado ainda mais inteligente, um icone municipal, estadual, brasileiro ou, vai saber, internacional. Culpa do tempo - palavrinha que gera tantas divagacoes. E, para finalizar e nao fazer do comentario um post, a equivalencia de 18 e 28 pode se dar por medo do mundo, nao pelas regalias oferecidas pelos pais. Afinal, quem causa mais medo: o mendigo ou o mundo?
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