O mais antigo espetáculo do Cirque du Soleil, Saltimbanco, esteve de volta à Londres neste final de semana e por pouco não o deixei escapar, por sorte fiz uma rápida análise e percebi que, sendo que este show já passou pelo Brasil em 2006, as chances seriam próximas de zero da trupe canadense reapresentá-lo em terras tupiniquins (já que a América do Sul é um mercado recente para eles - comparando com América do Norte e Europa - e não faz sentido já repetir figurinhas por aqui.
Os primeiros "atos" foram bastante comuns do mundo circense, mas acredito que os espetáculos do Cirque possuem essa tarefa de mostrar o belo e a magia do simples. Simples para quem vive debaixo do picadeiro, claro. Fiquei boquiaberto pela primeira vez durante o espetáculo quando um malabarista movia com perfeição as suas inúmeras bolinhas. Porém não era bem isto que estava procurando quando reservei meu ingresso. Foi então que, após o intervalo a fantasia foi levada ao extremo, e finalmente pude ver com os meus próprios olhos o motivo de o Cirque ser o Cirque. Com as trapezistas fui além de ficar com os queixos caídos, senti calafrios pela inacreditável perfomance.
Alguns seres humanos fazem do seu próprio corpo a sua arte, e foi bom saber que a utilização deste vai muito além da massificada tendência de sensualização mercantil do mesmo. Muitas palmas ao circo, este, de soleil.
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