Friday, August 28, 2009

Sextas ensolaradas

E hoje é sexta-feira, ensolarada, como toda sexta-feira deveria ser. Vibro mesmo não sendo daqueles que detestam com fervor os dias chuvosos, entretanto acho que uma chuvinha combina mais até mesmo com o dia posterior, sábado. E a luz deste dia não está se revelando apenas por meio desta estrela central, da qual o adjetivo é derivado, mas sim de – pasmem - pessoas!

Nos locais onde as possibilidades de se irritar com seres humanos são extremamente elevadas (trem e fila de banco), é lá que me esbarrei com dois exemplares desprovidos das ignorâncias mundanas. Primeiramente, no trem, eu com minha mania de se equilibrar sem apoio algum além dos meus grandes pés, faço algo azucrinante: piso em cheio no pé alheio. O pedido de desculpas é imediato, com direito a olhos arregalados num intuito de enfatizá-lo. Deu certo, a súplica foi mais que acatada, ocorrendo uma inesperada movimentação de uma das mãos da vítima em direção ao meu ombro, num sinal de “tudo bem”. Neste instante a leitura das matérias impressas nas amareladas folhas firmadas entre meus dedos foram trocadas por pensamentos embasbacados sobre o que acabava de ocorrer.

Já no banco, me deparo com uma pessoa especial (amplo sentido). A qual insistiu em ceder seu espaço à frente ao meu, justificando que teria mais acertos para realizar junto ao caixa. Neguei a gentileza, claro, ao mesmo tempo em que me admirei da cortesia deste ser. Pergunto-me: É preciso ser especial para se importar com os outros? E aqui evito fazer uso da junção “ao próximo” a fim de não remeter nenhuma interpretação à doutrina cristã. Estou falando apenas de bons modos, que quando reaparecem em nosso dia a dia nos deixam assim, boquiabertos.

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