Noite de Halloween no Brasil, nada de "trick or treat?", muito menos fantasia, mas ao menos um filme de suspense/assassinato whatever para não deixar passar em branco, mas sim em preto como pede a data. Pego a coleção de dvds-r adquiridas em idas para fronteiras onde comprar filmes é mais barato que locar. Ok, já estava mais do que na hora de olhar Black Dahlia (aquele filme que todo mundo falou bem até estrear). Coloco no dvd player, tudo certo, o disco funciona. Neste ponto achamos que não fomos enganados pelo cara da barraquinha do "4 por 10" e todo resto ocorrerá bem. Vários trailers estilo 'medo' depois, começa o filme. Passam cenas amadoras, meio câmera tremendo, mas achei que era pra dar um tom realista e sombrio ao filme, até que...Opa!, pera aí, isso dali é really bad make-up ou a Scarlet tá baranga
nesse filme? Não pode, impossível. Esta foi a prova que não poderia ser o filme ao qual eu esperava assistir. Digamos que o filme é daquela linha que quando a Disney lançava um filme com leões nos cinemas, algum pseudo-estúdio lançava em vhs (existia, poxa) um filme genérico com leões magricelos e feios. Pensando bem, se eu quisesse uma noite digna de Halloween o filme genérico e trash da Black Dahlia teria caido como uma luva. O dvd só ficou no aparelho por mais alguns instantes porque eu achei um trailer de um filme que preencheu toda dose de terror requerida pela noite do dia 31 de outubro, era algo assim: numa cidade pequena havia uma mulher que era maltratada pelo marido, o qual era da máfia, então ela entrou em algum chat e marcou encontro com um cara. Eles se conhecem, amor à primeira vista. Então ela fica grávida dele, o marido mal e mafioso descobre e estupra ela na piscina da casa deles, fazendo ela perder o bebê. Ok, tudo muito triste. Até que o cara do chat descobre que a gravidez nunca existiu e que nem existe piscina na casa da mulher. O trailer termina com a mulher, antes doce, fazendo cara de vagaba e dizendo "Uh, you got me!". Depois dessa resolvi partir do trash medo para o trash caipira (mas neste proposital e muito bem feito) do último filme do Altman, A Prairie Home Companion, com a magnífica Meryl Streep e com (no filme sóbria) Lindsay Lohan provando que é capaz de muito mais do que idas à rehab.
psiu²: algúem por favor me empreste/venda/alugue/doe/envie Gosford Park do Altman pra mim.

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